Ambiente
“Acho
que não se devia mexer naquilo”
–
opinião de José Carlos Vasques acerca
da Ria de Alvor
O
Grupo dos Amigos de Lagos convidou José Carlos Vasques para abrir o
seu novo ciclo de Encontros de 5ª Feira, que este ano é dedicado
ao tema “Lagos, Pensamento e Acção”.
Neste
primeiro Encontro, que decorreu, como habitualmente, na Biblioteca
Municipal Dr. Júlio Dantas, aquele que é considerado o mais lúcido
estudioso da História e do planeamento de Lagos, já com vários
estudos publicados através do CEMAL, dirigiu a sua exposição para
o valor ambiental da Ria de Alvor e para a Associação que, sobre
ela, os Municípios de Portimão e Lagos vão constituir.
José
Carlos Vasques começou por recordar que “a Ria de Alvor sempre
esteve mais ligada a Lagos e desempenhando importante papel na sua
economia, pela sua riqueza em marisco, tendo, em 1939, a Fábrica
Aldite começado a produzir e a exportar também berbigão em
Conserva”. Por isso, sensibiliza-o bastante “que aquela zona
seja degradada com cimento armado ou outras construções que ponham
termo ao ciclo de mariscos”. E explicitou: “Aquela área de
Alvor tem um interesse muito grande para os investidores. Entram
para ali, fazem uma espécie de marina, que começa por estar
ocupada por barquinhos e avança a expansão por aí fora…”
Depos
de
ampla troca de impressões, alguns dos presentes combinaram voltar a
reunir-se com José Carlos Vasques, para elaboração de um
documento a apresentar aos responsáveis dos dois municípios e à
comunicação social.