Gente Singular 

17 de Fevereiro de 2008, pelas 16.30 h

À conversa com Carlos Lopes, Fernando Cabrita e Rogério Silva

 

Haverá quem entenda que só excêntricos como Monsenhor Simas e suas respeitabilíssimas manas se proporiam o ousio de inaugurar, não tanto agora o prestimoso monumento que os ditos ergueram no quintal, mas – e logo nos tempos que correm! – uma editora. Donde, analogicamente, Gente Singular, designativo roubado ao conto de Manuel Teixeira-Gomes, esse prosador de eleição que nele plasmou um quadro assaz cruel de um certo Algarve que, na sua tacanhez provinciana, mais de um século volvido teima em persistir. Verdade se diga, porém, que entre os dois cometimentos – a privada de ontem e a editora de hoje – as similitudes se quedam no intuito não comercial, desinteressado e altruísta que a ambos presidiu. Ao invés das singulares personagens de Teixeira-Gomes, que justamente granjearam o apreço de seus conterrâneos ao dotarem a cidade de tão portentoso melhoramento, nós outros, singulares também embora, pretendemos tão-só e mais modestamente fundar uma editora de livros em que memória histórica, reflexão ensaística e criação verbal eclecticamente se entrecruzem para dar conta da cultura viva do Algarve.

Porque o referente – do conto “Gente Singular” e da editora Gente Singular – é o Algarve, este Algarve cuja denominação é já de per si estranha e singularíssima. Pois se etimologicamente significa “O Ocidente”, quando geograficamente se situa a Sul! Atilados andaram os conquistadores afonsinos que, descendo do Norte, lhe respeitaram todavia o nome que de antanho lhe fora posto pelos que navegavam a partir do Oriente (outros conquistadores mais alarvizados – oh, que gente singular! – é que viriam recentemente dobrar-lhe o “l”). A singularidade do Algarve manifesta-se também nesta abertura aos ventos de todos os quadrantes e nas feições ímpares – paisagísticas e humanas – que multissecularmente o individualizaram, malgrado os tratos a que tem sido e continua a ser sujeito pela mais porfiada barbárie. Gente Singular é, portanto, uma editora algarvia e regional – mas não regionalista, epíteto que quadra melhor aos Monsenhores Simas dos nossos dias.

 

 

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No dia 9 de Novembro (de 2007), foi, publicamente e pela primeira vez, apresentada a editora Gente Singular e lançados os seus 2 primeiros livros. O acontecimento teve lugar no Club Farense, na Rua de Santo António (sede da Faro, Capital da Cultura 2005), em Faro.

A 7/Dezembro/2007, saiu o nº 1 da revista al Gharb, a Revista Cultural do Algarve, propriedade da Editora Gente Singular e dirigida por Carlos Campaniço.

No dia 25 de Janeiro (de 2008), em Olhão (a cidade-sede da Editora), pelas 18.30h, Gente Singular apresentou o livro O amor é um claro mês, do poeta algarvio Fernando Cabrita. Foi na Sociedade Recreativa Olhanense (Recreativa Rica), na Av. da República.

No seu livro Fonte Salgada, com lançamento na Quinta dos Poetas, em Olhão, a 16 de Fevereiro  (de 2008), Rogério Silva “faz do cómico e do trágico duas dimensões irmãs”. A citação é de Teresa Rita Lopes, que prefacia o livro. Para a escritora, é um livro único, de que fala “como se ele fosse gente”.

Neste Fevereiro (de 2008), ao comemorar o seu quarto aniversário, a galeria restaurante Artebúrguer tem a oportunidade de apresentar Gente Singular, as suas edições e seus autores. Presença de: Carlos Lopes, Fernando Cabrita e Rogério Silva.

 

     

 

 

O AMOR É UM CLARO MÊS

Livro de poemas de Fernado Cabrita, poeta algarvio com vasta obra publicada e premiada. Como o título sugere, um conjunto de poemas de amor.

Capa: Fernando Cabrita

Arranjo de capa: Margarida Palma

1ª edição: Janeiro de 2008

 

FONTE SALGADA

Segundo livro de contos de Rogério Silva.

Lançamento neste fim-de-semana.

1ª edição: Fevereiro de 2008

 

GENTE SINGULAR

(conto)

Um conto de Manuel Teixeira-Gomes, seguido de um estudo, sobre o mesmo, de David Mourão-Ferreira.

Capa: Margarida Palma

1ª edição: Outubro de 2007

 

CULTURA E POLÍTICA NO ALGARVE SETECENTISTA:
DAMIÃO FARIA E CASTRO (1715-1789)

Dissertação de doutoramento de António Rosa Mendes, colaborador nas Histórias de Portugal dirigidas por José Mattoso e João Medina e presidente de Faro, Capital Nacional da Cultura 2005.

Capa: Margarida Palma

1ª edição: Outubro de 2007

      

Saiu o nº 1 da revista al Gharb, a Revista Cultural do Algarve. A edição anterior, que recebeu o número zero, "serviu -- diz o presente editorial -- para emendarmos caminhos, nos certificarmos dos objectivos propostos, colhermos opiniões e reflectirmos". É este um número mais adulto, portanto.

 

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al Gharb

Ambas as edições podem ser descarregadas gratuitamente em http://gentesingular.pt/

  gse@gentesingular.pt